sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Atividade 2 – Aquecimento

1. O entrevistado diz que valorizamos demais o termo digital, quando tudo é cultura. Ao falar sobre isto ele chama a atenção para dois polos, a superstimação e a subestimação da tecnologia. Trace um paralelo entre as ideias do entrevistado com as ideias de Lucia Santaella, no texto discutido em nosso alongamento, quando ela se refere a definição de mídia.

Marcello Tas destaca que a expressão “digital”é um meio que permite manifestações contrárias sobre um determinado tema, mas essas opiniões precisam ser respeitadas.Ele afirma que, para os antigos, teem diante de si o desconhecido, que na maioria das vezes, assusta, impõe medo, desconfiança.Santaella discute que mídia é meio, canal. Ela busca estabelecer que não devemos pensar a tecnologia como um fim, mas como meio para se alcançar ou realizar atividades.

2. Temos enfrentado alguns problemas com o Moodle em nossa disciplina e tenho solicitado que usem outras ferramentas disponíveis na Internet para postarem suas respostas. Discuta esta relação com a afirmação do entrevistado: "Inventou-se a motocicleta e a gente fica falando do pneu, do aro, do banquinho e não falar da viagem que a gente tem para fazer com a moto." (pp. 234)

Nesse exemplo, a motocicleta é o meio de transporte. Mas não é o único. Às vezes, ficamos nervosos quando fura o pneu ou quebra a corrente. O mesmo acontece com a gente, não podemos ficar presos somente ao Moodle. A Plataforma Moodle, assim como a motocicleta é o meio de nos comunicar nesse curso. Mas não é o único.Temos e-mails, blogs, twitter, MSN, Facebook, Orkut, youtube, páginas da Internet etc. Mas mesmo assim reclamamos quando há um mau funcionamento nessa plataforma, mesmo sabendo que pode expandir a comunicação para esses meios.

3. O que é relevância e discernimento, defendidos pelo entrevistado.

A relevância citada, se refere ao fato das pessoas perceberem que as tecnologias digitais são importantes e necessárias para a vida cotidiana atual...Elas ainda não discerniram o significado real da tecnologia, tendo-a apenas com acessórios, e não como verdadeiros instrumentos da informação e comunicação..

4. Na entrevista Marcelo Tas fala sobre educação, função de professor e a tecnologia. Discuta o pensamento dele, vinculando-o com outro autor da área de educação.

Atualmente, o professor tem que ser o mediador do conhecimento dos alunos. Até o título mudou. Agora é educador e educando. Assim sendo, o professor não precisa possuir “todo o conhecimento” sobre a disciplina que ministra, até porque, ele não consegue devido a aceleração do desenvolvimento e mudanças da sociedade, mas precisa saber onde buscar esse “conhecimento” e, principalmente, pensar nas diversas maneiras de auxiliar o educando descobrir novos meios de informação, conhecimento e comunicação.O professor tende a ser o transmissor do conhecimento, como se fosse o transmissor do dengue, é só ele que sabe, é só ele que tem o conhecimento, assim as aulas são chatas e a matéria também, ou então ele é considerado como o sabetudo, o crânio etc.
Segundo Libâneo (1994, pg.88): “O trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo”.


5. "Então a gente já vive imerso nesta gelatina de informação e cada pessoa tem o seu filtro, sua maneira de se relacionar com isso." (pp 241). Comente esta afirmação tendo por base a caracterização da cultura digital ou cibercultura em Lucia Santaella.

A cultura digital ou cibercultura, para Santaella está envolvendo todo o planeta, de forma rápida e eficaz, transformando, modificando, acrescentando, renovando as culturas das massas e das mídias ou mesmo dando muitas opções de relacionamento e descobrimentos de novos saberes.
Com todas essas mudanças, surge uma infinidade de opções de busca ao conhecimento, informação e comunicação. Conforme afirma Marcelo Tas, “...imerso nesta gelatina de informação, e cada pessoa tem o seu filtro...”, a tecnologia digital, oferece ampla base para pesquisa sobre qualquer assunto que se desejar conhecer, mas são tantas opções, que o pesquisador fica até confuso, na hora de escolher uma fonte segura, ai surge a necessidade de “filtrar” essas opções.

Referências:

Cultura digital.br / organização Rodrigo Savazoni, Sergio Cohn. - Rio de Janeiro : Beco do Azougue, 2009. 312p. ISBN 978-85-7920-008-3
______http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2009/09/cultura-digital-br.pdf

Um comentário:

  1. Marcos Antonio,
    Tas se refere àqueles que superestimam os meios, isto é, não conseguem ir além dos meios, esquecendo-se das mensagens (cultura) subjacentes a eles ou da cultura de que estão impregnados. Nós professores nos comportamos assim quando insistimos no aprendizado, no domínio técnico, nas tecnologias como simples ferramentas. Elas são mais do que isso, porque são veículos de comunicação que estão revolucionando a forma de ser da sociedade...

    As tecnologias são meios para alguma coisa e não um fim em si mesmas. Não podemos nos ater apenas ao meio por mais deslumbrante que seja. Tudo vai depender do uso que se faça delas, do conteúdo que circula por elas, sendo que o conteúdo, as mensagens são mais importantes que os meios que as transmitem ou tão importantes quanto.

    Atualmente, exige-se outra competência que o sistema educacional pouco ou nada enfatizava: a capacidade de tomar decisões e de acessar informações e, sobretudo de saber escolher/selecionar/filtrar o que é relevante para seus objetivos.

    Considerar o professor como mediador do conhecimento com ou sem o uso de tecnologias mais recentes. O papel do professor não é o de transmissor de informações para um aluno passivo.

    A cultura digital exige uma ação, que caracteriza o acesso, proatividade, iniciativa, protagonismo.

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